Este desabafo de alma é para aqueles que me conheceram e que falam mal de mim.
Em alguns
casos posso até dar-lhes razão, em pouco mais de 40 anos vivi uma vida cheia, e
vivi-a à minha maneira. Arrependimentos, tenho alguns, mas tão poucos que nem
vale a pena falar deles.
Sei que
falhei algumas vezes como filho, neto e sobrinho, como amigo ou conhecido,
amante, namorado ou marido. Nem sempre sou apaixonado por mim... às vezes sou
feliz, outras não.
Muitas vezes
não digo nem faço as coisas mais certas. Já fiz muitas coisas boas, outras não
tão boas, e ainda fiz algumas asneiras. Não pretendo ser alguém que não sou.
Quando amo, faço-o com todo meu coração.
Nunca puxei o tapete a ninguém,
sei que todos têm o seu lugar no mundo. Sei que o sol não faz distinção e que
nasce para todos.
Posso até não ser a melhor pessoa
do mundo, mas já melhorei bastante… Já não sou quem eu era... ainda bem... mas
ainda não sou quem quero ser.
Ainda
acredito num mundo melhor, para todos e não só para mim.
Não me peço
desculpa por ser assim. Tenho orgulho de ser quem sou. Têm razão!!!
Mas voltando
àqueles que andam por aí a dizer mal de mim, mesmo assim desejo-lhes tudo de
bom. Alguns deles, até privam ou privaram bem perto de mim. A muitos, já matei
a fome, já os ajudei a eles à família deles e não me arrependo pois gosto mesmo
de ajudar quem procura ajuda, e ajudo sempre com boas intenções e
desinteressadamente (mesmo que acabe muitas vezes por sair queimado).
Vi muitas
vezes a sombra deles mesmo sem lhes dizer e nas minhas costas, as costas deles.
Por outro lado, uma parte de mim fica contente quando certos indivíduos dizem
mal de mim pois, mesmo os malformados, os mal resolvidos ou de carácter
duvidoso, não perdem tempo a falar mal das abéculas, amibas e invertebrados.
Mas agora, os que ousam inventar
coisas/ estórias ou intrigas, apenas para chamarem alguma atenção para si… para
mim são seres que não passam de parasitas energéticos, bisbilhoteiros,
cosculheiros e calhandreiros invejosos, esses têm vidas vazias como intestinos
depois de um clister.
Também é
verdade que aquilo que dizemos dos outros, revela aquilo que somos.
Ao longo da
minha vida tive grandes Mestres que admirei e que foram mentores e grandes
seres humanos de excelência (tais como: Edmundo Pedro, Altino do Tojal, Dr.
Gustavo Soromenho, João Mota, Abílio Belo Marques, Carlos Paredes, Adriano
Correia de Oliveira, Maluda, Dr. Raúl Rego, Beatriz Costa, Jesus Ferreira,
Prof. Agostinho da Silva, entre dezenas de outros), verdadeiros vultos e mesmo
assim de TODOS ouvi alguém falar mal. TODOS, sem exceção. Às vezes fico
“parvo”, como podem dizer isto ou aquilo deste mestre que eu tanto admirava? Se
há sempre quem tenha coragem de dizer mal de seres assim, não sei porque ainda
me admiro quando dizem mal de mim!
No meio disto tudo que é a Vida,
o tempo e/ou outra força qualquer, felizmente existe sempre uma forma de fazer
justiça e revelar a Verdade. É nesta Vida que ainda habita a minha paz. Além de
me perdoar por ter “aceite” privar com “pessoas” que não tinham qualidade
humana ou intelectual para se encontrarem comigo. Mas como se diz: O que não
nos mata só nos torna mais forte!
E ainda há os ressabiados que não me conhecem, que nunca me puseram a vista em cima, que nunca me ouviram ou leram, nem sentiram a temperatura do meu toque. E mesmo assim são maldizentes, como quem desdenha de alguém com muita notoriedade, talvez para eles eu tenho essa dita notoriedade embora eu não me reveja nela.
Este
desabafo de alma não é para aqueles que se opõem às minhas ideias, ou reprovam
abertamente as minhas opiniões, discordam naturalmente das minhas opções e
atitudes. Isso para mim é normal, pois para mim isso é um facto que já aceitei há
muito, que nem todos pensam como eu e ainda bem, pois da diferença nasce a Luz!
Este desabafo de alma também não é para os (que se contam pelos dedos de uma mão) que me podem criticar e ainda acabamos a rir, e me chamam à razão/terra quando eu me estico. Mas esses sabem e tem “legitimidade” para o fazer, pois eu reconheço-os pela sua franqueza, valor humano e intelectual.
Estes sabem quem são, bem como os
outros que também o sabem!
Sabem uma coisa, a todos eu perdoo! (mas não esqueço)