A Biblioteca da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi palco, recentemente, de uma celebração rara e profundamente emotiva: os 33 anos de carreira literária de Henrique Tigo, autor cuja escrita tem marcado sucessivas gerações de leitores. O encontro juntou escritores, leitores, amigos e admiradores num ambiente onde a literatura se fez festa, memória e partilha.
A cerimónia iniciou-se com uma evocação do percurso de Henrique Tigo, destacando a sua dedicação à palavra escrita e o impacto da sua obra no panorama literário lusófono. Entre romance, crónica, conto e poesia, Tigo construiu uma carreira plural que foi recordada com afeto e reconhecimento.
Em vários momentos, o próprio escritor partilhou histórias e estórias que atravessaram a sua vida e o seu processo criativo relatos inéditos, episódios curiosos e reflexões que revelaram a intimidade entre o autor e a sua obra.
Dois nomes sonantes da expressão poética oral, José Fanha e Francisco Queiroz, elevaram o evento a uma verdadeira celebração artística.
Com a sua reconhecida mestria, Fanha declamou poemas e pequenos textos que ecoaram pela sala, trazendo ritmo, intensidade e humor. A sua presença reforçou o sentido comunitário da literatura: a palavra como encontro.
Francisco Queiroz, por sua vez, brindou o público com interpretações sensíveis, revelando a musicalidade oculta nos textos e ampliando o sentimento de homenagem ao escritor celebrado. A sua declamação destacou o poder da poesia como ponte entre gerações e sensibilidades.
A cerimónia sublinhou a relevância de Henrique Tigo no panorama cultural.
A atmosfera manteve-se sempre calorosa, refletindo o apreço que o público tem pelo autor e a força de uma carreira construída com autenticidade e empenho.
A comemoração na Biblioteca da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não foi apenas uma homenagem a um escritor; foi uma celebração da literatura enquanto espaço de encontro, emoção e memória. Henrique Tigo, ao completar 33 anos de carreira, reafirma-se como uma voz presente e viva na cultura portuguesa.
A noite terminou com aplausos prolongados, abraços, livros assinados e a certeza de que as palavras quando verdadeiras permanecem.
Pedro Fernandes





