
É sempre difícil comentar a obra dum artista no início da carreira. Geralmente o jovem pintor anda à procura da sua via e de maneira muito versátil experimenta diversos caminhos sem aprofundar nenhuma deles, até encontrar o tipo de expressão onde se sente bem, mas as vezes leva longos anos.
Em paralelo trabalha as técnicas que melhoram com a experiência mas no seu percurso cria obras muitas vezes com alguns desequilíbrios por falta da integração harmonia delas (alias nunca ouvi falar dum escritor que realizou a primeira vez uma obra prima: porque seria diferente com um artista, o pincel substitui a caneta).
No caso do Henrique Tigo fiquei logo muito admirado, bem sei que tem pai Pintor (Bom) e que deve ajudar (mas o talento não é hereditário). Desde o início o Henrique Tigo teve uma personalidade muito independente.
Para já demonstrou uma vitalidade fora do comum: é só ver o curriculum vitae do homem em 10 anos ( dá para duvidar que o dia só tenha 24 horas).
Depois logo no primeiro quadro que fez (Homenagem a Catarina de 1992) já arranjou uma técnica própria afastada dos Mestres.
Já andava no próprio caminho: formas simplificadas que sugerem mais que definem cores básicas fortes que transmitem uma grande luminosidade aos trabalhos. O movimento é sempre presente através dos contornos seguros e puros sublinhando as formas e figuras, o que sempre anima o espectador e tira qualquer lassidão na visão das obras.
Com os anos pode-se ver a técnica progredir mas a simbologia do início continua igual. Afinal trata-se duma pintura alegre que transmite muito bem a boa disposição geral do artista (não é de deprezar em períodos de crise onde as pessoas estão tristonhas).
Aposto que daqui a uns anos, se continuar neste caminho, o Henrique Tigo deverá tornar-se um pintor bastante procurado.
Com a sua vitalidade não duvido que irão aparecer oportunidades favoráveis que ele próprio irá criar se não aparecer em naturalmente.
J.P. Blanchon
Em paralelo trabalha as técnicas que melhoram com a experiência mas no seu percurso cria obras muitas vezes com alguns desequilíbrios por falta da integração harmonia delas (alias nunca ouvi falar dum escritor que realizou a primeira vez uma obra prima: porque seria diferente com um artista, o pincel substitui a caneta).
No caso do Henrique Tigo fiquei logo muito admirado, bem sei que tem pai Pintor (Bom) e que deve ajudar (mas o talento não é hereditário). Desde o início o Henrique Tigo teve uma personalidade muito independente.
Para já demonstrou uma vitalidade fora do comum: é só ver o curriculum vitae do homem em 10 anos ( dá para duvidar que o dia só tenha 24 horas).
Depois logo no primeiro quadro que fez (Homenagem a Catarina de 1992) já arranjou uma técnica própria afastada dos Mestres.
Já andava no próprio caminho: formas simplificadas que sugerem mais que definem cores básicas fortes que transmitem uma grande luminosidade aos trabalhos. O movimento é sempre presente através dos contornos seguros e puros sublinhando as formas e figuras, o que sempre anima o espectador e tira qualquer lassidão na visão das obras.
Com os anos pode-se ver a técnica progredir mas a simbologia do início continua igual. Afinal trata-se duma pintura alegre que transmite muito bem a boa disposição geral do artista (não é de deprezar em períodos de crise onde as pessoas estão tristonhas).
Aposto que daqui a uns anos, se continuar neste caminho, o Henrique Tigo deverá tornar-se um pintor bastante procurado.
Com a sua vitalidade não duvido que irão aparecer oportunidades favoráveis que ele próprio irá criar se não aparecer em naturalmente.
J.P. Blanchon