sábado, abril 30, 2011

Dia da Mãe



Hoje é dia da Mãe, e que é que posso dizer, sobre a minha Mãe?
Não tenho palavras suficientes para falar sobre ela.
A minha Mãe é aquela cuida, que me aconselha e faz de mim um homem livre e de bons costumes.
Ela, soube sempre compreender os meus momentos, pois para ela serei sempre o seu “menino”, com ela aprendi a enfrentar a vida e não ter medo de nada, e a não deixar que ninguém me pise.
Minha mãe mostrou-me o que é ter PERSISTÊNCIA... Arrastou-me literalmente para a Faculdade, a ela devo o meu curso.
Ensinou-me a ter orgulho nas minhas pequenas vitórias do dia-a-dia e também a ter o mesmo orgulho nas derrotas, mas aprendendo com elas.
Mãe, obrigado por tudo. Se hoje sou o que sou devo-te a ti…
Minha mãe mostrou-me e mostra-me o que é AMOR...

domingo, abril 24, 2011

25 de Abril de 1974


25 de Abril, faz 37 anos.
Mais um ano que volto a escrever sobre o 25 de Abril de 1974 e a sua importância histórica 37 anos depois deste golpe.
O Estado Novo que foi apoiado pelos militares desde 1926, com o inicio da década de setenta dá-se o impensável, os militares começaram a agitar-se, primeiro os generais que não escondiam dissidências, depois as patentes mais baixas martirizadas pela Guerra Colonial. Aliado a isto, o regime aliciava milicianos para o oficialato, gerando um mal-estar entre os capitães do quadro. Assim, alguns iniciaram contactos com os jovens estudantes contestatários, para que se abalançassem a sugerir o derrube do governo, criando uma bola de neve que terminaria numa revolução dos cravos.
Embora tenham sido os militares que começaram o golpe, o verdadeiro revolucionário, foi o povo, que ao contrário dos próprios comunicados dos militares, saíram a rua a exigir Liberdade, o fim da PIDE, da Censura e o fim da Guerra que ceifava a vida dos seus jovens.
A PIDE, que sabia da revolta dos militares e tinha resolvido nada fazer, quando se apercebeu que a situação tinha fugido do seu controle, tentou reagir, abatendo as únicas vítimas mortais deste golpe de estado/revolução por muitos considerada a mais pacífica de sempre.

É triste que 37 anos depois, as novas gerações nada saibam sobre o Estado Novo ou sobre a Revolução dos Cravos. Na minha opinião isto é intencional, pois muitos atores do Estado Novo e do 25 de Abril ainda estão entre nós e uns não querem que se sabia o que fizeram e outros querem que se julgue que fizeram mais do que realmente fizeram, auto intitulando-se assim heróis nacionais.
A verdade é que os que mais fizeram estão calados ou esquecidos muitas vezes ofuscados pelo brilho daqueles que pouco ou nada fizeram, mas que se meteram em bicos de pés.
Eu nasci após o 25 de Abril de 1974, mas toda a minha vida cresci com pessoas que viveram de perto os horrores do Estado Novo e com eles sofreram, mas nunca deixaram de lutar e acreditar num Portugal melhor.
Identifico-me com todos os valores que presidiram à génese e ao desencadeamento esperançoso do 25 de Abril, todavia, os principais objectivos ainda não foram totalmente cumpridos. É um processo contínuo e urgente para não defraudar todos quantos acreditaram num mundo, português e global, que ainda não foi possível construir. O Povo diz, “o Natal é sempre que um homem quiser”, então e parafraseando a expressão, eu diria que “o dia da Liberdade é sempre que nós quisermos”, o que não dispensa que tenha de ser periodicamente lembrado. Com especial atenção para o presente ano, em que não vai existir a tradicional comemoração na Assembleia da República devido a demissão do Governo, dando assim uma excelente desculpa aos partidos de direita não comemorarem mais um aniversário da Liberdade e da Democracia.
Mas a nossa democracia está falida e o que há para comemorar quando a dívida pública portuguesa não parou de crescer nos finais da monarquia e marcou o início da Iª Republica e só interrompida durante o Estado Novo, que viria a ser retomada depois do 25 de Abril de 74, e que em 2010 atingiu o valor mais alto dos últimos 160 anos.
Quando temos um Governo Socialista que desistiu de fazer o socialismo…
Quando temos “candidatos” que se dizem democratas e isentos e depois entram atrás aquele “tacho”, mesmo que desconheçam o programa eleitoral pelo qual se candidatam.
Ficou com uma dúvida será que somos meros figurantes que nos deslocamos às mesas de voto para se provar que foi apenas uma perca de tempo?
Pois os ditos democratas ou candidatos a cargos públicos, só são eleitos para se servirem e servir os seus projectos pessoais. Como disse Ricardo Araújo Pereira O povo votou em Durão Barroso para primeiro-ministro e ele foi para presidente da Comissão Europeia. Votou no Sócrates para primeiro-ministro e ele foi para vice-primeiro-ministro da Angela Merkel e agora é assessor do FMI. Não admira que a democracia seja a melhor dos sistemas: o poder é exercido pelo povo, e o povo é talvez o único soberano que nunca abusa do seu pode. Mais depressa deixa que abusem dele.
Lembro-me de ouvir os meus avós falarem dos tempos em que uma sardinha era para 3, hoje estamos quase na mesma, 37 anos depois de estarmos em Liberdade de estarmos na União Europeia termos a moeda única… podemos ter a maior taxa de desempregados de sempre, podemos ter a maior taxa de quadros superiores, que para sobreviverem, trabalham em restaurantes de fast-food, ou vendem telecomunicações de porta-em-porta, para depois não lhes pagarem.
Mas o povo parece que esta adormecido, já se esqueceu dos ideais de Abril, como dizem os Homens da Luta “ E o Povo…, pá? Quer dinheiro para um carro novo…”
Eu cá por mim, não me esqueço de todos aqueles que, directa ou indirectamente, contribuíram para o 25 de Abril de 1974, mas o verdadeiro 25 de Abril…