quarta-feira, maio 02, 2007

Eu não nasci


Eu não nasci…




Eu considero-me um “produto” do pós 25 de Abril, pois nasci depois desse marco importante da Sociedade Portuguesa.
Nós somos um pouco, daquilo onde estamos inseridos e onde crescemos, assim, eu sou artista porque toda a minha vida vivi, entre artistas, Convivi com cenários e personagens que me deixaram uma memória tão rica (e motivadora), na companhia do meu pai cresci por redacções de jornais já extintos, o conservatório nacional (local de trabalho dos meus pais durante vários anos), os bares e casas de fado, bailarinas e arlequins...
Conheci a “fina flôr “ das artes e da cultura, na Brasileira do Chiado ou no Coche Real e nas suas tertúlias. O meu imaginário infantil está repleto de personalidades públicas que conheci nesse tempo dois quais destaco:
O Dr. Gustavo Soromenho, Dr. Raul Rego, João Mota, Abílio Belo Marques, Carlos Paredes, Adriano Correia de Oliveira, Maluda, Baptista-Bastos, Beatriz Costa, Jesus Ferreira, Agostinho da Silva, Maestro Vitorino de Almeida, Avó Brito Anarquista entre dezenas de outros, que todos os dias tomavam café com o meu Pai e que eu acompanhava desde bebé.
Como dá para ver eram pessoas de esquerda, logo anti-fascistas, anti-estado novo, cresci a ouvir histórias de lutas anti-fascistas, de prisões pela PIDE, entre outras…
Enquanto ia crescendo, a minha casa estava cheia, de livros sobre a luta e a resistência ao estado novo, que eu lia como se não houvesse amanhã quando li todos esses livros comecei eu a comprar mais e mais, hoje sobre o Estado Novo e a luta anti esse mesmo estado tenho mais de 500 livros… Ouvia todas as musicas revolucionarias do Zeca do Adriano, Paulo de Carvalho e tantos, tantos outros…
Também tive a oportunidade de conhecer os do “outro lado”, na minha primeira exposição individual havia resistentes ao estado novo e antigos Pides e eles conheciam-se bem, uns tinham prendido os outros e vice-versa.
Quando finalmente tive idade, inscrevi-me numa juventude partidária, na JS e os meus “padrinhos” de Partido foram o Dr. Raul Rego e o Eng. António Guterres, e assinaram a minha inscrição e assim entrei para a política, mas isso é outro “filme”…
Aos 15 anos escrevi uma peça de teatro sobre o 25 de Abril, peça essa que já foi levada a cena pelo Grupo de Teatro Passagem de Nível, e editado pelo jornal Coisas da Pontinha.
Durante anos e anos na noite de 24 de Abril, eu metia o Depois do Adeus aos berros e no dia 25 de Abril, quando acordava, dava musica ao prédio todo com a Grândola Vila Morena.
Quando tinha, 20 anos tornei-me sócio da Associação 25 de Abril, onde tive a oportunidade de conhecer mais alguns dos homens da liberdade.
Já escrevi dezenas artigos para jornais, organizei vários debates e exposições sobre o 25 de Abril, é um tema que me é querido e com o qual me sinto a vontade.
Como é meu habito, ouvi com atenção a sessão comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da Republica, e fiquei admirado com aquilo que o Sr. Presidente da Republica disse, pois pela primeira vez estou quase de acordo com ele, concordo que se tem chamar mais os Jovens para os ideais de Abril, mas acho que é muito importante haver as sessões na Assembleia da Republica, mas acho que além dos normais convidados deviam ser convidados Jovens, delegações de Escolas e Universidades.
Há anos que me dizem, mas tu não viveste aqueles tempos, pois não eu não vivi…
Eu não vivi no tempo da Censura, nasci em Liberdade, mas vejo artigo e programas a serem censurados…
Eu não vivi no tempo da Censura, nasci em Liberdade, mas vejo que o estado novo e o 25 de Abril, passaram pelo lápis azul, pois os livros de história, não falam disso…
Eu não vivi no tempo de um Partido, nasci em Liberdade, mas vi o Prof. Salazar a ser eleito democrática, como o maior Português de sempre, com 41%....
Eu não vivi no tempo da PIDE, nasci em Liberdade, mas vi a criação do SIS…
Eu não vivi no tempo do Estado Novo, nasci em Liberdade, mas vejo o povo sem respeito pelos seus idosos…
Eu não vivi no tempo da Censura, nasci em Liberdade, mas vejo políticos e dirigentes e pessoas importantes a tentarem calar os jornalista e o Povo…
Eu não vivi no tempo da PIDE, nasci em Liberdade, mas vi cargas policiais em cima dos estudantes e de manifestações…
Eu não vivi no tempo da Guerra Colonial, nasci em Liberdade, mas vejo os Portugueses a continuarem a morrer em Guerras “parvas” porque temos acordos com os Americanos…
Eu não vivi no tempo do Estado Novo, nasci em Liberdade, mas vejo todos os dias os sem abrigo, os políticos cheio de guarda-costas e afastados do Povo, vejo todos um pais onde quem tem gravata é Dr. e quem não a usa a ser maltratado, vejo todos os dias a privatização de tudo e dezenas de desempregados, vejo todos os dias milhares de licenciados sem emprego.
Eu não vivi no tempo do Estado Novo, nasci em Liberdade, mas vejo a igreja a ter cada vez mais força e a meter-se em assuntos que não devia…
Eu não vivi no tempo da Censura, nasci em Liberdade, mas vejo todos os dias, que os jovens da minha idade e mais novos, não fazem ideia do que foi o 25 de Abril….
Eu não vivi no tempo da Censura, nasci em Liberdade, mas não vejo ninguém homenagear os nossos heróis… ninguém fala do Salgueiro Maia, do Edmundo Pedro, de tantos, tantos outros…
Eu não vivi no tempo do Estado Novo, nasci em Liberdade, mas vejo todos os dias hospitais a fecharem …
Eu não vivi no tempo do Estado Novo, nasci em Liberdade, mas vejo que são sempre os mesmos no poder, agora são ministro, depois presidentes desta ou daquela empresa…
Eu não vivi no tempo do Estado Novo, nasci em Liberdade, mas não vejo o sonho de Abril " Ensino Universal, Obrigatório e Gratuito! ", conquista essa que nunca se realizou. Cada vez mais, para estudarmos, temos de pagar…
Eu não vivi no tempo do Estado Novo, nasci em Liberdade, mas vejo todos os dias que os sonhos de Abril, ainda não se realizaram, que o 25 de Abril aos poucos e poucos, tem sido um sonho bom que acabou…
Acho bem Sr. Presidente da Republica, queira mudar, as comemorações de Abril, mas acho que também devia, meter o cravo ao peito e lutar contra tudo isto … e já agora não se esquecer que sem o 25 de Abril, ele não estaria onde está hoje.
25 de Abril SEMPRE!!!!

A breve História de Portugal


História de Portugal em datas




Começo em 136 a.c, claro que já havia populações em Portugal, antes desta data mas nesta data, Portugal torna-se uma província Romana (Lusitânia).
Século VI d.c, dá-se a invasão dos Visigodos.
Século VII, d.c, acontece o domínio Árabe mesmo que parcial.
Em 1095, o Condado Portucalense é entregue pelo Rei de Castela D. Afonso VI ao Conde Henrique de Borgonha, como prenda de casamento.
1139 D. Afonso Henriques, filho do Conde Henrique de Borgonha e Teresa Honraca, vence a batalha de Ourique e é proclamado como o primeiro Rei de Portugal, pelo seu próprio exército, nascendo assim Portugal.
1383 É extinguida a dinastia de Borgonha, Portugal é invadido pelos castelhanos, em 1385, D. João I de Avis liberta Portugal do domínio de Castela e dá origem a uma nova dinastia, a dinastia de Avis.
O infante D. Henrique, o Navegador (1394-1460) impulsiona as viagens de exploração e a conquista de territórios coloniais além-mar.
Em 1415, os Portugueses ocupam o porto marroquino de Ceuta, inúmeras ilhas do Oceano Atlântico, conhecidas desde então como Madeira, Açores, Cabo Verde e ainda a zona do Rio Congo.
1495, D. Manuel I instaura o domínio português na Africa Ocidental (Angola) e Oriental (Moçambique), nas Índias e o Brasil em 1500, pelo Pedro Alvares Cabral. Em 1578, desaparece em Alcácer Quibir El ‘Rei D. Sebastião o desejado, o qual se diz que irá voltar numa manhã de nevoeiro, este foi o último rei da dinastia de Avis, havendo um problema se sucessão uma vez que D. Sebastião era muito novo e não tinha filhos, sobe ao poder o seu Tio D. Henrique O Capelo, em só está no poder até 1580 quando Portugal é ocupado pelas tropas de Filipe II de Espanha, tornando-se assim Filipe II de Espanha e Filipe I de Portugal, começando assim a uma nova dinastia Filipina.
Em 1640 acontece uma revolta com a dinastia Filipina, apoiada por França que leva ao trono o duque D. João VI de Bragança. A guerra que se segue conclui-se, em 1668, com o reconhecimento da independência de Portugal, com D. Afonso VI subindo ao trono de Portugal.
1703 é assinado o tratado de Methuen, uma aliança entre Portugal e a Inglaterra, segundo passa haver uma constante aliança entre os dois países.
Entre 1807 e 1811 e Durante a invasão Napoleónica, o Rei do João VI e a sua corte refugia-se no Brasil, em 1821 regressa a Portugal, chamado pela revolta liberal e anti-inglesa. Nesse ano é ainda aprovada a Constituição.
No Brasil o filho de D. João VI, D. Pedro é proclamado Imperador do Brasil, após o chamado grito do Ipiranga, passando o Brasil a ter a independência total de Portugal. 1834 D. Miguel I, filho do Rei d. João VI, depõe a sua sobrinha D. Maria II e instaura um regime despótico. A ordem é restabelecida com o regresso de D. Pedro do Brasil.
5 de Outubro de 1910 após um período tormentoso de lutas internas e revoltas populares, Portugal torna-se numa república, entre 1914 e 1918 acontece a 1ª Guerra Mundial na qual Portugal participa morrendo vários milhares de Portugueses, na fase do pós 1ª Grande Guerra acentua-se a instabilidade politica, permitindo que a 28 de Maio de 1926 houve-se um golpe de estado militar que institui um regime militar sob a presidência do General António Carmona.
Em 1932 um jovem economista nascido em Santa Comba Dão, seminarista, homem da acção católica torna-se Chefe do Governo, chamava-se António de Oliveira Salazar, que em 1933 consolida a sua ditadura fazendo aprovar uma nova Constituição com base corporativa e confessional e dissolvendo os partidos políticos, nascendo assim o Estado Novo.
Entre 1939 e 1945 Portugal não entra na II Guerra Mundial, Salazar, simpatizante de Mussolini e de Hitler, quando começa a ver que as suas derrotas estão perto alia-se ao Americanos cedendo algumas bases nos Açores as forças aliadas, e em 1949, Portugal assina o pacto de adesão do pacto do Atlântico.
Em 1961 inicia seu curso uma mudança liberalizadora das colónias para com o Império. Salazar, não querendo perder as Colónias, manda para lá as tropas portuguesas, nascendo assim a guerra colonial, onde acabaram por morrer milhares e outros milhares, ficando muitos mutilados e alguns com feridas psicológicas que ainda hoje os afectam bastante. Esta guerra irá durar 13 anos acabando com o 25 de Abril.
Em 1968 Salazar cai da cadeira e fica bastante doente, Operado a 4 de Setembro de 1968 ao hematoma cerebral causado pela famosa queda da cadeira, Salazar piora, e os médicos declaram a sua incapacidade física e psicológica para permanecer no exercício das suas funções.
O Presidente da República Américo Tomás demite Oliveira Salazar, facto que Salazar, o nosso velho ditador, ignorará até ao fim, sendo montado a sua volta um teatro para este pensar que ainda estão nas suas mãos os destinos de Portugal.
Após ouvir cerca de 40 personalidades das elites políticas, militares, assim como figuras financeiras do regime, o Presidente Américo Tomás faz algo que é designar para o lugar de Salazar O Prof. Marcelo Caetano, que tomará posse a 23 de Setembro de 1968.
Sucedendo-lhe o Prof. Marcelo Caetano.
A 25 de Abril de 1974 dá-se o golpe dos militares progressistas, que pretendem acabar com a guerra colonial, com a falta de liberdade, censura e da PIDE, alias policia que faz as únicas vitimas desta revolução, a porta da sede da PIDE é cuspido do macabro edifício da Rua António Maria Cardoso, quando os agentes da repressão vomitam os últimos cartuchos, matando assim 5 civis que se encontravam frente ao edifício. Mesmo no fim, a odiosa e odiada corporação se mostra sanguinária. Se estes homens não tivessem sido carrascos até à ultima hora, a vitoriosa Revolução ter-se-ia realizado sem derramamento de sangue.
Por tudo isto e por todos os anos de repressão e tortura, o povo não arredava pé e continuava clamando por vingança e ansiando pela rendição. O povo não estava sozinho, estava acompanhado pelas Forças do Regimento de Infantaria 1 e da Polícia Militar, coadjuvadas por três pelotões e um destacamento de Fuzileiros navais, que ocupavam posições estratégicas em volta do labiríntico edifício, onde vieram a passar uma noite de vigilância. Por esta altura, a PIDE, em desespero, tenta a fuga. Outros iam-se rendendo ou sendo interceptados pelos militares.
E assim se fez o 25 de Abril, a revolução dos cravos da liberdade. Seguindo a onda de liberdade em 1975 dá-se a independência de Angola e Moçambique a nacionalização de bancos e das industrias, a 25 de Novembro de 1975 existe uma tentativa de contra-revolução de Spínola, substituído pelo General Costa Gomes e por um conselho da Revolução, órgão militar criado para garantir o correcto funcionamento das novas instituições democráticas.
A 25 de Abril de 1976 realizam-se as primeiras eleições livres e democráticas que levam Mário Soares a chefe do Governo e Ramalho Eanes a presidente da república, em 1979 A AD (aliança Democrática) chefiada por Sá Carneiro, vence as eleições e dá origem a um Governo Centrista de Direita, no ano seguinte Ramalho Eanes é novamente reeleito para Presidente da República e Sá Carneiro morre num acidente de viação que ainda hoje faz correr muita tinta.
Em 1986 Portugal entra para a CEE e Mário Soares é eleito Presidente da República, 1987 Uma erigida politica liberal de privatização invade o país devido ao governo do PSD chefiado por Aníbal Cavaco Silva. Após uma década e governo PSD em 1995 o PS vence as eleições, passado a ser António Guterres a ser o novo chefe de Estado. E em 1996 Jorge Sampaio é eleito Presidente da República, sendo reeleito em 2001.
1998 Decorre em Portugal a Expo98 uma exposição Mundial e Portugal adere a União Monetária Europeia.
2001 O Socialista António Guterres demite-se de primeiro-ministro após uma derrota socialista nas eleições autárquicas.
A 1 de Janeiro de 2002, o euro, a moeda europeia, entra oficialmente em circulação acabando com o escudo. No mesmo ano é eleito Durão Barroso do PSD, para primeiro-ministro numa coligação com o Partido Popular liderado por Paulo Portas.
Em 2004 após a nomeação de Durão Barroco para presidente da Comissão Europeia, este abandona o Governo, promovendo uma pequena crise, o chefe de Estado nomeia Pedro Santana Lopes para primeiro-ministro, lugar que ocupa somente durante 3 meses. Jorge Sampaio recorrendo a um direito que a constituição lhe confere, demite Santana Lopes e provoca eleições antecipadas em 2005 vencendo essas eleições José Sócrates.
Finalmente a 9 de Março de 2006, Aníbal Cavaco Silva o antigo primeiro-ministro do PSD é eleito presidente da república.
Estou certo que muitas outras datas, são igualmente importantes senão mais, mas também não queria fazer um textos muito extenso e “chato”, ficam quanto a mim alguns dos factos mais importantes da nossa história.

Universidades

Universidades em Portugal




Hoje em dia é o grande tema de discussão e debate, as Universidades em Portugal, quer sejam em jornais, quer sejam em debates na TV, quer sejam em debates de mesas de café.
Uma universidade é uma instituição de educação superior, pesquisa e extensão, com concessão de graus académicos e em Portugal eles são:
Bacharelato, Licenciatura, Mestrado e Doutoramento.
As Universidade tem uma história muito rica e muito antiga, dentro da definição moderna, as primeiras universidades surgiram na Europa medieval, durante o Renascimento do Século XII.
Numa definição mais abrangente, a Academia, foi fundada em 387 a.C pelo filósofo grego Platão no bosque de Academos próximo a Atenas, pode ser entendida como a primeira universidade. Nela os estudantes aprendiam filosofia, matemática e ginástica.
As primeiras universidades na Europa foram fundadas na Itália e na França para o estudo do direito, medicina e teologia. Antes disso, instituições semelhantes existiam no mundo islâmico, sendo a mais famosa a do Cairo. Na Ásia, a instituição de ensino superior mais importante era a de Nalanda, em Bihar, Índia, onde viveu no século II o filosofo Budista Nagarjuna.
Na Europa rapazes encaminhavam-se à universidade após completar o estudo do trivium: as artes preparatórias da gramática, retórica e lógica; e do quadrivium : aritmética, geometria, música e astronomia.
No caso Português a primeira instituição portuguesa foi criado por El’Rei D. Diniz em Lisboa na Rua das Escolas Gerais em Alfama, edifício que ainda hoje existe. Contudo e devido ao barulho causado pelos Estudantes nas ruas de Alfama, El’Rei vê-se obrigado a mudar a Universidade para Coimbra, ficando assim conhecida pela mais antiga fundada no século XIII inicio do século XIV, sendo ainda uma das 10 mais antigas da Europa em funcionamento continuo.
Universidades são normalmente instituídas por um estatuto ou carta. No Reino Unido, uma universidade é definida por uma carta real e apenas instituições com tal documento podem oferecer diplomas de quaisquer tipos.
Nas últimas décadas do século XX, um certo número de universidades com mais de 100.000 estudantes foi criado, ensinando através de técnicas de aprendizado à distância.
Temos ainda o caso das universidades para trabalhadores que pretendem continuar os seus estudos, mas que infelizmente não podem estar presentes nas aulas, como é o caso da famosa Universidade Aberta que é instituição de e ensino a distância, complementarmente, a Universidade Aberta procura ainda corresponder às expectativas de quantos, tendo eventualmente obtido formação superior, desejam reconvertê-la ou actualizá-la; o que significa que, por vocação, procuramos captar um público adulto, com experiência de vida e normalmente já empenhado no exercício de uma profissão.
Criada em 1988, a Universidade Aberta resultou do labor de reflexão doutrinária e de formação técnica levado a cabo durante alguns anos pelo Instituto Português de Ensino a Distância.
A partir da sua criação, a Universidade Aberta tratou de aprofundar o trabalho anteriormente iniciado, formando docentes e técnicos, concebendo, lançando e leccionando cursos, de acordo com uma filosofia de prestação de serviço público. A nossa dimensão actual resulta deste trajecto: temos cerca de 9 mil estudantes (em Portugal, nos países africanos de língua oficial portuguesa e em muitas outras partes do mundo), tendo ainda delegações em Coimbra e no Porto e centros de apoio em todas as capitais de distrito.
Finalmente nos anos 80, nascem em Portugal as chamadas Universidade Privadas, que aparecem para combater a falta de vagas nas universidades públicas e ainda, correspondente à velha e bela norma e conquista democrática do pós-25 de Abril " Ensino Universal, Obrigatório e Gratuito! ", conquista essa que nunca se realizou.
Sejamos realistas com a era da globalização e da tecnologia as Universidades Privadas, acabam por estarem mais actualizadas com aquilo que se passa a sua volta. Tendo um diálogo mais ecuménico com todos os alunos.
Hoje temos Universidades Privadas com um ensino superior de qualidade com um grande e insubstituível motor de modernização e desenvolvimento da Sociedade, no quadro interdisciplinar e interdepartamental das "Novas Humanidades" e das "Novas Tecnologias", não ficando em nada atrás das Universidades Públicas.
Ao contrário do que acontece noutros países da Europa, as Universidades Privadas ainda são olhadas com desconfiança… Primeiro porque se desconfia dos docentes, acontece quem em grande parte das vezes dos docentes, que dão aulas nas Universidades Privadas, também são professores nas públicas, assim sendo como é que numa lado são betas e ou outro são bestiais?
Fala-se das cadeiras que são leccionadas nas universidades privadas, mas se as mesmas são assim tão más, como que é que sempre que um aluno de uma universidade privada pede transferência para uma pública, tem muitas equivalências?
Fala-se ainda que os alunos que saem das universidades privadas, estão mal preparados para a vida profissional, que isso fosse verdade, não existiriam tantos ex-alunos em lugares de destaque na vida activa.
Curiosamente só não se fala que os alunos das Universidade privadas, pagam duas vezes a sua educação, primeiro pelos impostos que pagam e depois pelas mensalidades astronómicas dentro das universidades privadas…
Ao longo destas décadas tem havido poucas ajudas estatais as chamadas Universidades Privadas, constitua-se a gastar o dinheiro dos contribuintes em estádios de futebol, em projectos de Aeroportos que não levam a lado nenhum, gasta-se milhões em coisas “parvas” mas no ensino superior muito pouco, ninguém fala em Universidades ou Escolas Superiores publicas, que gastam milhares dos euros dos contribuintes, e tem poucas dezenas de alunos e onde os docentes, não tem mestrados e em alguns casos nem licenciaturas, mas desses ninguém fala…
Na minha opinião, já chega de se dizer tão mal do ensino privado, em Portugal e apostar mais na formação, de um povo que ainda está muito atrás da média europeia.

Tabaco

Tabaco
Os “fumadores” novos criminosos do século XXI



Como disse o grande poeta, Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…
Durante décadas e principalmente a partir de meados do século XX, com ajuda de técnicas avançadas de publicidade e marketing, que se desenvolveram nesta época.
As pessoas eram “empurradas” para te tornarem fumadores, até os próprios médicos aconselhavam os seus pacientes a fumarem, dizendo-lhes que ajudava, quem sofria de asma e tinha problemas respiratórios.
Os apresentadores de TV, apareciam a fumar as estrelas de Cinema, todos fumavam e faziam campanhas de tabagismo, era considerado chique e fino fumar.
Só a partir da década 60, surgiram os primeiros relatórios científicos que relacionaram o cigarro ao adoecimento do fumante, mas eram negados por governos do mundo inteiro, e no na década de 90 e que começam a aparecer casos confirmados de problemas graves de saúde causados, pelo tabaco.
Mas o que é o tabaco afinal?
O tabaco vem da planta Nicotiana Tabacum e é uma substância estimulante. Pode ser encontrado em forma de charuto, cigarro (com ou sem filtro), cachimbo, rapé e tabaco de mascar. O tabaco é principalmente fumado, mas pode também ser inalado ou mastigado. Tem uma acção estimulante.
A combustão do tabaco produz inúmeras substâncias como gases e vapores, que passam para os pulmões através do fumo, sendo algumas absorvidas pela corrente sanguínea. Essas substâncias são:
Nicotina: A nicotina é o alcalóide da planta do tabaco. Quando chega ao Sistema Nervoso Central, actua como um agonista do receptor nicotínico da acetilcolina. Possui propriedades de reforço positivo e viciantes devido à activação da via dopaminérgica mesolímbica. Aumenta também as concentrações da adrenalina, noradrenalina, vasopresina, beta endorfinas, ACTH e cortisol, que parecem influir nos seus efeitos estimulantes.
Substâncias irritantes (como a acroleína, os fenóis, o peróxido de nitrogénio, o ácido cianídrico, o amoníaco, etc): provocam a contracção bronquial, a estimulação das glândulas secretoras da mucosa e da tosse e a alteração dos mecanismos de defesa do pulmão.
Alcatrão e outros agentes cancerígenos (como o alfabenzopireno): contribuem para as neoplasias associadas ao tabaco.
Monóxido de carbono: provocam a diminuição da capacidade de transporte de oxigénio por parte dos glóbulos vermelhos.
O tabaco tem a sua origem na planta Nicotina tabacum deve o seu nome ao médico Jean Nicot que popularizou o seu uso na Europa. Esta planta, juntamente com cerca de mais de cinquenta outras espécies, faz parte do grupo nicotínico.
É originária da América onde era usada, antes da descoberta deste continente, pelos seus efeitos alucinogéneos. É difundida na Europa, após a viagem de Colombo, em parte devido à crença no seu valor terapêutico. A procura do tabaco fez com que a coroa espanhola se apropriasse do monopólio do seu comércio. Mais tarde, os franceses e ingleses juntam-se aos espanhóis, contribuindo para a expansão desta substância, o que origina fortes repressões por muitas autoridades. A título de exemplo, refira-se que Fedorovich dava ordens de tortura a qualquer consumidor até que este confessasse quem tinha sido o seu fornecedor, para depois mandar cortar o nariz a ambos. Também o sultão Murad IV castigava com decapitação, desmembramento ou mutilação quem encontrasse a fumar.
A partir do século XVIII, o levantamento das proibições permite um crescimento gradual do consumo de tabaco. Este consumo era principalmente feito por aspiração nasal, apresentando-se o produto em forma de pó fino ou resíduos (neste último caso, era-lhe atribuído o nome de rapé). O tabaco era também enrolado ou recheado de triturado. Crê-se que o cigarro surgiu das navegações transatlânticas, durante as quais eram apanhados os restos de tabaco, que estavam a ser transportados para a Europa, e enrolados em papel (dado que as folhas inteiras da planta pertenciam à coroa).
Começando por ser um consumo de marinheiros, pensa-se que em 1800 já se tinha alargado a outros estratos sociais na Península Ibérica e no Meditarrâneo. Para a sua expansão pelo resto da Europa, em muito contribuíram as guerras napoleónicas.
Na segunda metade do século XIX, o monopólio da fabricação dos cigarros passa a ser dos anglo-saxões. A partir desta altura, o tabagismo passa a afectar quase metade da população mundial.
Hoje em dia esta mais que provado que o consumo pode provocar hipotonia muscular, diminuição dos reflexos tendinosos, aumento do ritmo cardíaco, da frequência respiratória e da tensão arterial, aumento do tónus do organismo, irritação das vias respiratórias, aumento da mucosidade e dificuldade em eliminá-la, inflamação dos brônquios (bronquite crónica), obstrução crónica do pulmão e graves complicações (enfisema pulmonar), arteriosclerose, transtornos vasculares (exemplo: trombose e enfarte do miocárdio).
Em fumadores crónicos podem surgir úlceras digestivas, faringite e laringite, afonia e alterações do olfacto, pigmentação da língua e dos dentes, disfunção das papilas gustativas, problemas cardíacos, má circulação (que pode levar à amputação) e cancro do pulmão, de estômago e da cavidade oral.
O tabagismo materno influi no crescimento do feto, especialmente no peso do recém-nascido, aumento dos índices de aborto espontâneo, complicações na gravidez e no parto e nascimentos prematuros.
A vitamina C é destruída pelo tabaco, daí que se aconselhe os fumadores a tomar doses extra de antioxidantes (vitaminas A, C e E), para ajudar a prevenir certos tipos de cancro.
Está igualmente provado que o tabaco provoca, dependência a nicotina do tabaco sendo esta uma das drogas que mais dependência provoca.
Assim sendo os fumadores no século XXI são tratados quase como criminosos e os governos criam leis anti- tabaco e Portugal, não poderia ficar atrás e também criou a sua lei anti-tabaco e ela diz:
A lei vai impor a proibição de fumar nos locais de trabalho. Ressalva no entanto a possibilidade das empresas criarem locais específicos para se poder fumar sem afectar os colegas de trabalho. Mas esses locais têm que ter ventilação separada do resto do edifício.
Nos restaurantes, bares e discotecas a regra também muda. Vale agora a proibição total de fumar nestes locais.
Os lares de idosos e locais frequentados por menores de 16 anos ficam também vedados ao fumo. A nova lei anti fumo do tabaco quer proteger os fumadores passivos mas também quem nunca fumou na vida. Assim avança a proibição da venda de cigarros a menores de 16 anos. Essa proibição aplica-se também às máquinas de venda automática de tabaco.
A forma de controlar o acesso à compra directa nessas máquinas ainda não está decidida, mas pode ser seguido o exemplo de outros países através de um cartão de acesso.
A lei, logo que esteja aprovada, contempla ainda uma revisão em alta das multas aplicadas a quem não a cumprir. Multas que se multiplicam por 50 em relação às que estão em vigor. Quem fumar num local proibido pode ser multado de 50 a 2500 euros.
A nova lei proíbe toda a publicidade ou promoção ao consumo de tabaco com multas até so 30 mil euros para as empresas.
Há mais um dado: as tabaqueiras ficam proibidas de lançar ou patrocinar campanhas de prevenção contra os cigarros. Quem não cumprir pode ter que pagar 30 a 45 mil euros de coima.
Eu sou fumador, convicto e praticante há mais de 15 anos e quando começo a imaginar esse clima de fundamentalistas a apoiarem uma lei que me obrigue a ser revistado à entrada de um café para confirmar se tenho tabaco, começam-me a dar dores de cabeça pela falta de nicotina. Durante mais de uma década que mais de metade do que pago pelos meus cigarros vão directamente para os cofres do estado, esse mesmo estado trata-me como um criminoso, é permitido dar um “chuto” com droga na via pública em frente a crianças, porque coitadinhos dos “drogados” são dependentes, mas nós os fumadores não, temos de estar escondidos.
Eu sou o primeiro a concordar, que as outras pessoas não são obrigadas a respirarem o meu fumo. No entanto, penso que terão de permitir a existência de espaços públicos (cafés; restaurantes; bares) devidamente sinalizados, para aqueles que querem fumar e para aqueles que não se sentem muito incomodados.
Como também acho que o fumos dos autocarros e de outras viaturas também deviam ser mais vigiados, pois ainda fazem pior que o fumo de um cigarro… Também esta provado que os cabos de alta tensão fazem mal a saúde e as câmara municipais continuam a os meter junto das habitações
O futuro revela-se negro para muitos fumadores que vão ter de deixar de fumar onde querem e onde não querem…
Além disse o nosso governo, apoia pouco quem quer deixar de fumar, pois os medicamentos para deixar de fumar continuam a não ser comparticipados pelo estado.
Volto a dizer que sou a favor de zonas de não fumadores desde que existam zonas de fumadores… Pois todos temos direito a vida…

Henrique Tigo