segunda-feira, março 08, 2004

Geografia




Existem várias formas de fazer geografia.

Na geografia ainda não caiu o pó dos tempos, as dificuldades são inversamente proporcionais à distância temporal.

Na Geografia os geógrafos não são meros actores, nela temos um papel assumido embora por ela sejamos influenciados e influenciamo-la, e como protagonistas temos, e teremos diferentes opiniões sobre a geografia.

Também como geógrafos o mais importante é olharmos em frente, é pensarmos o futuro e pensarmos o espaço, o território.

Usando o território como objecto do nosso trabalho uma teoria geográfica do espaço com bases na interdisciplinaridade, a crença numa geografia como instrumento teórico e prático para a transformação do mundo.

Como geógrafos somos viajantes da geografia, passageiros de uma aventura que bordeja o compromisso, corre o risco do comprometimento e é, certamente, passional e envolvente.

A crescente artificialização do meio ambiente resulta assim na nova era da geografia, marcada pela presença de grandes objectos geográficos, idealizados e construídos pelo homem, articulados entre si em sistemas. Isto justifica, então, que as novas técnicas constituam um bom caminho para a explicação do espaço e, consequentemente que uma direcção epistemológica para a Geografia é pensá-la como uma Filosofia das técnicas, senão a mais importante.

Como a existência do Homem depende do Sol que é o pai da vida e da terra mãe (solo, mar, chuva...), no estudo da cada país far-se-á referência ao clima (quente, frio, temperado, húmido, seco), ao solo (montanhoso, plano; fértil, improdutivo), ao mar (país marítimo, interior) e à população que vive no território.

Também o planeta depende do geógrafo: será porventura ele que ajudará o planeta azul a encontrar o seu equilíbrio numa era tão conturbada como é aquela em que vivemos.

Depois deste trabalho fica a questão Geografia que futuro!?...

A geografia como qualquer outra ciência sofreu ao longo do tempo rupturas epistmológicas e tenho medo que a geografia neste virar de século sofra um revés...


Henrique Tigo