Aqui estão dois conceitos totalmente diferentes, mas que todos nós os queremos ter ao nosso lado em todas as ocasiões…
Mas o que é a verdade?
Existem mil verdades, cada pessoa, cada verdade… temos a verdade formal que é a que consiste no acordo do pensamento consigo mesmo, na ausência de contradição, temos a verdade material que é a que consiste na conformidade do pensamento ou da afirmação com um dado factual, material ou não, temos ainda a verdade eterna, principio que constitui as leis absolutas dos seres, como as normas absolutas do pensamento, e que são como que um reflexo do pensamento… mas ninguém sabe ao certo o que é a verdade…
Por outro lado temos a razão, que é a faculdade com que o homem discorre, julga e se distingue dos outros animais, ou seja, uma faculdade de conhecimento e de compreender, de distinguir a relação das coisas, o verdadeiro e o falso, o bem e o mal e por aí fora…
Que posso dizer mais sobre a razão, pois, para mim a razão é bicéfala, como Juno: Olha para a frente e para trás. Triste destino o de Juno. Triste destino o da Razão!
Por exemplo, dizem por aí, para grande perplexidade e espanto meu, que os meus pequeno artigos, tem pretensões literárias, o que para mim é mentira, tratam-se apenas de textos de opinião ou de textos informativos e só isso… Confundir informação ou opinião com literatura é o mesmo que pensar que a corruptela barata “Hades-ver” deriva directamente do Hades Grego.
Como é sabido infelizmente as pessoas e os textos têm algo em comum: As Gralhas e enquanto às pessoas permitem que lhes subam às gralhas à boca os textos – todos os textos – consentem que elas pousem.
É certo e sabido que não sou formado em Português, pois não sou, sou formado numa coisinha bem diferente, em Geografia do Desenvolvimento Regional e tenho vários cursos em artes plásticas, mas em Português não…
Mas na minha modesta opinião ninguém sabe tudo, sobre a nossa Língua…
Voltando as Gralhas… Quem não as tem? Nunca vi um livro, um texto ou um artigo sem elas, mesmo existindo uma nobre profissão chamada “Revisores tipográficos” para acabar com elas.
Agora confundir gralhas, com erros ortográficos, isso já é ser mauzinho.
Quero ainda dizer que escrevo porque gosto ( não quero roubar o cargo a ninguém, nem sou candidato a nada) e só posso dizer que de acordo com a legislação em vigor nas Sociedades democráticas, o direito de expressão está imbuído duma característica Sui Generis a da Liberdade, como no diz a Lei de Imprensa (Lei n.º 2/99 de 13 de Janeiro e rectificação 9/99). Está é a minha razão.
Daí que ninguém possa duvidar da genuinidade ou autenticidade de um artigo de opinião meu, criado em nome individual quando este pretende atingir objectivos claramente expressos no mesmo. Está é a minha verdade.
Todavia, parece-me existirem certos mal-entendidos que convém esclarecer. Para avivar as memórias de todos, os primeiros GóisArte (em particular o 1º, em 1997, onde estive ligado a organização), realizaram-se nos salões dos Bombeiros Voluntários de Góis. É muito natural que algumas pessoas não se lembrem, uma vez que só aqui chegaram a meia dúzia de meses, e eu já cá ando a anos e anos e ocupo o meu cérebro com estas pequenas coisas, mas não há problema, porque quando elas se forem embora, (voltarem a sua vidinha doméstica) eu vou ficar (como pintor, organizador de eventos culturais, escritor e geógrafo), para continuar a fazer este tipo de memorandos e muitas outras coisas no vasto mundo cultural.
Dizem por aí que o GóisArte tem um júri composto por “verdadeiros conhecedores de arte”, aqui está uma afirmação com a qual eu fico contente e satisfeito, pois a cultura nacional, não merece menos que isso.
Dizem, também, por aí que existem autarcas, que quase nunca escreveram uma linha num qualquer jornal e quando o fazem, tem intenções menos rectas e ofensivas que nada têm a ver com o espírito humanista, cultural, desinteressado e futurista que um autarca deve ter, pois existem pessoas que se sentem ofendidas, o que não é o meu caso… É sempre bom ouvir a voz de um autarca (eleito de uma entidade pública em termos técnicos e/ou administrativos, fiscalizado e tutelado pelo Estado, que se encontra ao serviço do povo e para o povo), sentir-lhe a presença, escuta-lhe a opinião, conhecê-lo melhor…
Eu pessoalmente fico feliz quando isso acontece, pois também gosto de saber que tenho entre os autarcas nacionais, leitores assíduos e atentos dos meus artigos.
Mesmo que ache que não se limpa, um trabalho mal feito, com artigos, mal fundamentados e organizados
Fico triste, sim, quando escrevo para entidades públicas, em particular para um autarca e ele não cumpre o que a lei do Código de Procedimento Administrativo visa no artigo 9º do Decreto – lei n.º 442/91 de 15 de Novembro e alterado pelo Decreto-lei n.º6/96 de 31 de Janeiro, em que todas as cartas devem ter resposta. Mesmo que o conteúdo da mesma tenha sido “deselegante” ou qualificado com outros adjectivos similares…
Sei ainda que gozam por aí com exposições realizadas em cafés, etc. Para mim, é verdade que existem várias formas de Cultura: A Cultura forrageira, cultura industrial e a cultura promíscua entre outras…Mas como pretendo ser uma pessoa erudita (com u), gosto de partilhar com todos, certo tipo de informações. (isto é a minha verdade).
A história cultural dos cafés é um desses exemplo, são espaços de cumplicidade, intrigas, conspirações e afectos, o café constitui uma referência obrigatória na vida quotidiana, onde se recriam as vivências culturais e políticas, profundamente empenhados em modificar estilos e mentalidades.
As tertúlias (assembleia literária ou artística ou pequena agremiação literária) culturais interpretam um desempenho fundamental na procura de uma mais empenhada cidadania, lutando assim contra a solidão, porventura ingénua e utópica e a construção participada de uma sociedade.
Ao longo dos séculos os pintores, escritores, intelectuais e artistas fazem dos cafés a sua segunda casa, desde Bocage, passando por Almada Negreiros, Picasso, Salvador Dali e um sem números de outros artistas fizeram teatro, poemas, livros e exposições em Cafés…Mas nunca ouvimos que tenham sido feitas nenhuma destas coisas em tendas “tipo casamento” para estarem perto da Natureza…
Dizem por aí muita coisa, uma “má-língua” crescente, pessoas que não dão a cara, que se escondem atrás de siglas, iniciais, “alcunhas” e pseudónimos, para escreverem aquilo que tem medo de assumir.
Escrevem-se “coisas” para o ar, para ser se alguém as “agarrada” ou para ver se colam… Não há destinatários directos, pois também não há coragem de dizer frente a frente. Vão-se deixando as coisas assim, no faz de conta que disse, no faz de conta que sou muito culto, criando assim um ambiente de desconfiança e suspeição entre todos. Ainda não se aperceberam que são rotulados de cobardes e que por muitas verdades que possam dizer, anonimamente perdem toda a sua dignidade?
Felizmente, vivemos em Democracia, há mais de três décadas, já não há Censura, nem PIDE, as pessoas não tem de viver amedrontadas, devemos dar a cara, eu pessoalmente toda a vida dei… Vamos nos deixar escondermos, pois vivemos numa sociedade muito pequena, onde todos se conhecem, todos sabemos quem são aqueles que se escondem trás dessas siglas, iniciais, “alcunhas” e pseudónimos, e curiosamente até sabemos porque o fazem.
Já não existem crimes perfeitos, até os textos anónimos na Internet deixam rasto, todos os PC têm um IP (um número de série, tipo n.º do BI) e quando pensamos que estamos a deixar algo anónimo, deixamos rasto, para isso basta saber um pouco mais de informática e trabalhar ou ter amigos que trabalham em empresas que prestam serviços de Internet (PT, ZON, Clix entre outras) para se saber, a quem pertence o computador de onde saíram daquelas mensagens “pseudo” anónimas.
Eu pessoalmente, até hoje, nunca me senti atingido por nada, uma vez que quem me fala nas costa respeita-me à frente, mas sei que depois deste artigo sair, irei andar nas bocas do mundo, e uma data de siglas, iniciais, “alcunhas” e pseudónimos, irão escrever isto e aquilo, mas não me importa, pois tenho a consciência tranquila, dei a cara, fiz e escrevi aquilo que achei ser importante ser dito e principalmente assino com o meu nome e com a minha fotografia, assim como com o meu grau académico, por que sim eu tenho grau académico, (doa a quem doer) tenho muito orgulho dele… não é fantasma nem inventado, nem foi comprado, tenho certificado e diploma dele, não tenho formação académica só por ter frequentado a “cantina” desta ou aquela Universidade.
Como Almada Negreiros disse no Café A Brasileira do Chiado “… Digam bem ou digam mal, o importante é que falem em mim…”
Dr. Henrique Tigo