segunda-feira, dezembro 10, 2007

PAI NATAL


Pai Natal

Muitos estudiosos afiançam que a figura do bom velhinho Pai Natal é um homem bonacheirão e gorducho de faces rosadas e barba branca, vestido de fato vermelho, a conduzir um trenó, pelos céus, puxado a oito renas.
Segundo reza a história, desce pela chaminé e deixa presentes na árvore de Natal, no sapatinho e nas peúgas de todas as crianças bem comportadas, foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.
O bispo Nicolau, foi transformado em Santo após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele, entre eles estão o salvamento de três oficiais condenados injustamente, interveio para preservar a honra de três donzelas, salvou barcos a afundarem-se, ressuscitou crianças, etc...
São Nicolau viajava montado num burro, por este motivo, em algumas regiões de França, as crianças colocam debaixo do pinheiro de Natal, um copo de vinho para o Pai Natal e uma cenoura para o burro.
Quando era criança na minha casa, ainda no Bairro Alto, onde vivi 11 anos, todos os Natais o Pai Natal ia-nos fazer uma visita e o meu Pai deixava-lhe uma cálice de vinho do Porto, como agradecimento, pelas prendas que ele me deixava, e posso dizer que era uma criança que tinha mesmo muitas prendas.
Um dos Pais do actual Pai Natal foi o professor de literatura grega da Universidade de Nova Iorque Clemente Clark Moore, que em 1822 escreveu um poema com o título "Uma visita de São Nicolau", nesse poema, ele divulgava a versão de que o Pai Natal ele viajava num trenó puxado por varias renas.
Tendo sido este escritor que popularizou outras características do nosso querido Pai Natal, como o fato vermelho entrar pelas nossas chaminés.
Ao longo dos anos a imagem do Pai Natal tem sofrido algumas alterações, mas o visual que todos conhecemos devesse ao designer Thomas Nast, que 1886 na Edição de Natal da sua revista a Harper’s Weekly, desenhou o primeiro Pai Natal com um gorro Vermelho e um fato vermelho e branco.
Mas a imagem que hoje melhor conhecemos do Pai Natal essa foi criada pela Coca-Cola, para a sua campanha publicitaria de Natal de 1931, sendo a que persiste desde então.
Como se chama então o Pai Natal por todo o Mundo[1]
Portugal: Pai Natal, Brasil: Papai Noel, Alemanha: Nikolaus (ou Weihnachtsmann - literalmente, "homem do Natal"), Chile: Viejito Pascuero; Colômbia: Papá Noel ou Santa Claus, Dinamarca: Julemanden, Espanha, Argentina, Paraguai, Peru e Uruguai: Papá Noel, Estados Unidos: Santa Claus Finlândia: Joulupukki, França: Père Noël, Inglaterra: Father Christmas, Países Baixos: Sinterklaas, Itália: Babbo Natale, México: Santa Claus, República Dominicana: Santa Claus Pronunciado como Santa Clo o às vezes Santi Clo, Porto Rico: Santa Claus (Pronunciado en Puerto Rico, "SantaClo'" devido ao spanglish) e na Rússia: Ded Moroz.
Eu pessoalmente sou um grande fã do Pai Natal, quando chega o Natal tenho a casa cheia de Pais Natais, e no dia 24 de Dezembro, à noite, irei deixar a janela aberta (pois não tenho chaminé) com uma cálice de vinho do Porto a sua espera…

[1] http://pt.wikipedia.org

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Árvore de Natal


Árvore de Natal




Esta semana estive a fazer a minha árvore de Natal com a minha mulher. Para mim a árvore é um símbolo da vida e de tradição natalícia, sendo esta muito mais antiga do que o Cristianismo e não é um costume exclusivo de nenhuma religião em particular.
Muito antes da tradição de comemorar o Natal, os egípcios já levavam galhos de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano, em Dezembro, simbolizando, o triunfo da vida sobre a morte.
Era normalmente um pinheiro ou abeto, hoje em dia é de plástico, que na altura do Natal, normalmente entre 15 dias a 1 mês antes é enfeitado e iluminado, especialmente nas casas particulares, mas também temos árvores gigantes nos Centros Comerciais e em Portugal até temos a maior árvore de Natal da Europa com 76 metros de altura, que este ano está na Avenida dos Aliados no Porto.
Mas voltando as tradições da dita árvore, já os romanos embelezavam árvores em honra de Saturno, o seu Deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje preparamos a Árvore de Natal, ainda nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.
Segundo a tradição de São Bonifácio, no século VII, era um pregador na Turíngia (uma região da Alemanha) e que usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto.
Finalmente na Europa Central, no final do século XII, penduravam-se árvores com o ápice para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.
Mas a 1ª referência a uma “Árvore de Natal”, diz-se que surgiu no século XVI e que foi nessa altura que ela se vulgarizou pela Europa Central em 1510.
Foi então Lutero o “pai” da reforma protestante, que depois de um passeio, pela floresta em pleno Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes trouxe essa imagem à família sob a forma de uma “Árvore de Natal” com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado no dia do nascimento do Menino Jesus.
Então o costume enraizou-se pela Alemanha, nas famílias, ricas e pobres, decoravam as suas árvores com frutos secos, além de doces e flores de papel, isto possibilitou que surgisse uma indústria de decorações de Natal, em que a Turíngia se especializou, devido a sua antiga tradição.
Desde o início do século XVII, a Grã-Bretanha começou a introduzir da Alemanha esta tradição, pelas mãos dos monarcas de Hannover. Contudo a tradição só se consolidou na Grã-Bretanha após a publicação pela “Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e do Príncipe Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de Natal no castelo de Windsor, no Natal de 1846.
Esta tradição estendeu-se, então, por toda a Europa e chegou até aos EUA na altura da guerra da independência pelas mãos dos soldados alemães. A tradição só se consolidou uniformemente dada a divergência de povos e culturas.
Até que em 1856, o 28° Presidente dos EUA, Woodrow Wilson, introduziu na Casa Branca uma árvore de Natal e a tradição mantém-se desde então.
A árvore de Natal tem uma origem pagã, esta predomina nos países nórdicos e no mundo anglo-saxónico. Assim nos países católicos, como Portugal, a tradição da árvore de Natal foi despertando pouco a pouco ao lado dos já tradicionais presépios, e são a grande tradição nacional deste tempos idos, pois a aceitação da Árvore de Natal é relativamente recente quando comparada com os restantes países.
O Estado Novo e o Prof. Salazar não viam com bons olhos a dita Árvore, só a partir dos anos 50, este símbolo começa a ser visto nas cidades, mas nos campos era simplesmente ignorada. Ninguém sabe quem a introduziu nos nossos costumes e tradições, sabemos somente que foram os ricos que as levaram da cidade para os campos, mas a verdade é que hoje em dia, a Árvore de Natal já faz parte da tradição natalícia portuguesa e já todos se renderam a ela, eu pessoalmente já não sei o que seria o Natal sem a minha Árvore e todas a s decorações inerentes a ela.