quarta-feira, dezembro 14, 2005

Natal

A História do Natal

O Natal para muito a data mais bonita do ano, a altura onde estamos em harmonia com a nossa família, onde trocamos presentes e comemos bastantes doces, a ornamentação de árvores, ou a iluminação das casas ao Natal.

O Natal é, sem dúvida, uma das celebrações mais complexas do calendário português, no qual se observam elementos de cultos, cerimónias da liturgia cristã comemorativas do nascimento de Jesus Cristo, entre outros.

Actualmente, devido a uma crescente globalização, o Natal português começa a ser influenciado por outras culturas, sobretudo através dos filmes americanos, um dos factos que comprova este tendência é a substituição do Menino Jesus pelo Pai Natal na entrega dos presentes; os tradicionais presépios que representam o nascimento de Cristo têm agora de coexistir com a árvore de natal, de origem certamente germânica. Contudo, isto não quer dizer que as tradições natalícias portuguesas desapareceram.

No dia 24 Dezembro, véspera de Natal, à noite, em certas partes do país (especialmente no norte) tem lugar a Ceia de Natal (chamada de consoada), nesta serve-se bacalhau cozido e a doçaria cerimonial (rabanadas, sonhos, mexidos, etc.).

Ainda no dia 24, no final da ceia, há a Missa do Galo à meia-noite, embora actualmente esta missa esteja a cair em desuso, contudo a origem do Natal antecede 2000 anos com o nascimento de Jesus Cristo, e remontando à Mesopotâmia e aos festivais de Fim de Ano.

Pois para os mesopotâmios, o Ano Novo representava uma grande crise. Devido à chegada do Inverno e eles acreditavam que os monstros do caos enfureciam-se e Marduk, o seu principal Deus tinha, que derrotá-los para preservar a continuidade da vida na Terra.

O Zagmuk, um festival de Ano Novo que durava 12 dias, era então realizado para ajudar Marduk na sua batalha.

A Mesopotâmia inspirou a cultura de muitos povos, como os gregos que celebravam por esta mesma altura a luta de Zeus contra o titã Cronos.

Mais tarde, através da Grécia, o costume chegou aos romanos, tendo inspirado o festival chamado Saturnalia (em homenagem a Saturno). No dia 23 de Dezembro dava-se o solstício do Inverno, a noite mais longa do ano no Hemisfério Norte.

Para estes povos a data era parte de um ciclo de infertilidade que existia desde o Outono. Os dias tornavam-se cada vez mais frios e curtos, até o ponto máximo do solstício.

A partir de então, sabia-se que o Sol ia voltar a subir, e o calor ressurgia em algum tempo. No dia 25 de Dezembro, quando já era notória a vitória do dia sobre a noite, eram realizadas grandes festas nas ruas em comemoração do regresso do Sol.

Nessas festas, surgiram grande parte das tradições que mantemos até hoje no Natal. Na Europa, algumas tribos celebravam ao redor de um pinheiro, uma das árvores mais resistentes ao frio. Isso tinha dois significados: além da força, por conseguir suportar o rigoroso Inverno, a sua forma, apontando para o céu, significava a união dos homens com o Sol.

Para representar essa fertilidade que se iniciava, os participantes na festa trocavam presentes entre si, e enquanto dançavam e tocavam, comiam bolos e grãos. Árvores verdes eram ornamentadas com ramos de loureiro e iluminadas por muitas velas para espantar os maus espíritos da escuridão.

O Natal Cristão

Foi só em meados do século IV d.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.

Uma das explicações para a escolha do dia 25 de Dezembro como sendo o dia de Natal prende-se com a intenção de combater toda e qualquer celebração pagã do mês de Dezembro, nomeadamente a Saturnalia. Esses cultos que veneram outras divindades tornaram-se uma ameaça para o poder da Igreja Católica quando ela começou a expandir-se.
Ela não poderia permitir cultos a outros deuses além do seu, mas também não conseguia impedir as festas do dia 25, de tão tradicionais que eram. Então, a Igreja deu um significado religioso à data e para que esta convenção fosse universalmente aceite, nada melhor do que absorver alguns dos rituais pagãos, como as velas e trocas de presentes, que passaram a simbolizar as ofertas feitas pelos três reis magos ao menino Jesus.

No ano de 1752, quando os cristãos abandonaram o calendário Juliano para adoptar o Gregoriano, a data da celebração do Natal foi adiantada em alguns dias para compensar esta mudança no calendário. Algumas zonas optaram por festejar o acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus Cristo.
Henrique Tigo

sexta-feira, dezembro 02, 2005

8 de Dezembro


Porque é feriado dia 8 de Dezembro
Imaculada Conceição de Maria Santíssima.


A Igreja Católica Romana celebra a 8 de Dezembro o dia da Imaculada Conceição de Maria Santíssima.

É uma festa que se situa no início do Ano litúrgico, no Tempo do Advento, iluminando o caminho da Igreja rumo ao Natal do Senhor. A solenidade di dia 8 de Dezembro tem como fundo o ícone bíblico da Anunciação, na qual ecoa a misteriosa saudação do Anjo: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo» (Lc 1, 28). «Cheia de graça»! Eis Maria, do modo como Deus a idealizou e quis desde sempre, no Seu imperscrutável desígnio: uma criatura totalmente repleta de amor divino, bondade, beleza e santidade.

Imaculada Conceição é um dos importantes títulos com que é venerada pelos católicos a Virgem Maria.

O título litúrgico da Imaculada Conceição que os católicos invocam, professa a prerrogativa concedida unicamente a Nossa Senhora: Maria foi concebida sem a mancha do pecado original desde sua mãe Santa Ana, e nasceu portanto, sem o pecado original.

O título expressa portanto que a mãe de Jesus é toda santa, a cheia de graça, desde o momento de sua concepção.

O dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi proclamado pelo papa Pio IX, em 1854, com a bula Ineffabilis Deus, resultado da devoção popular aliada a intervenções papais e infindáveis debates teológicos. O calendário romano já devotava uma festa em seu calendário em 1476; entretanto nos anos 700 esta celebração já existia no Oriente.Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e em 1708 Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória a toda cristandade. Nos quatro anos após a proclamação do dogma por Pio IX, Maria Santíssima apareceu a Bernadette Soubirous dizendo: " Eu sou a Imaculada Conceição" .

Em Portugal o culto foi oficializado por D.João IV, primeiro rei da dinastia de Bragança, que foi aclamado quando se iniciava a festa de Imaculada Conceição.
Sendo deste então um dos nossos feriados nacionais.

Henrique Tigo