terça-feira, março 27, 2012

A minha infância

A minha Infância foi assim:

Sinto saudades que quase tudo o que vivi na minha infância… Tenho saudades do Bairro Alto, saudades de andar em cima das árvores no Jardim Príncipe Real, do Conservatório Nacional, dos sons dos “artistas” da musica e do grito: - Acção!!.
Tenho saudades, da Dona Laurinda, daquela bata branca e dos seus gritos que se ouviam no Hospital São Luiz.
Saudades das bolas de Berlim que perfumavam a minha mala da escola primária, do cheiro a café e dos cariocas de Limão da Brasileira do Chiado e das conversas dos “Adultos” no Coche Real. Das cores das exposições e dos “croquetes” das Galerias.
Tenho saudades quando revejo os retratos do meu passado, quando olho para as cicatrizes que me ficaram de andar na escola e de andar de bicicleta… Sinto saudades do cheiro das castanhas assadas no Outono e dos Churros da “Costa” no Verão, e das montras de Natal nos Armazéns Grandella, no Inverno.
Sinto tantas saudades dos amigos que cresceram e nunca mais os vi, e daquelas corridas de carrinhos nos passeios da Rua dos Mouros.
Sinta daquelas pessoas por quem nunca mais me cruzei… e do cheiro das tintas da tipografia do meu Pai! Do que eu sinto mesmo, mesmo saudades é daqueles que partiram e eu nunca me pode despedir…
Dessas vivências de criança o que mais tenho saudades são dos meus Avós, do cheiro da Sopa de feijão da minha Avó, do jogo de cartas e dominó do meu Avô…
Assim tenho saudades das coisas que vivi mas principalmente daquelas que deixei passar sem tirar o seu melhor proveito, mas mesmo assim, posso afirmar que tive uma infância cheia e rica de pessoas, cores, formas, cheiros e não trocava a minha infância por nenhuma.

terça-feira, março 13, 2012

Mais um ano de Carta


Mais um ano de Carta…


No mês de Março, faço mais um ano de Condutor, foi um dos dias mais felizes da minha vida quando finalmente tive a dita “Carta de Condução”, a liberdade, a realização pessoal são sensações que a carta nós dão…
Mas em Portugal cada vez se conduz pior, todos os dias milhares de pessoas morrem nas ruas e nas estradas. Imprudência, desrespeito à sinalização, excesso de velocidade e direção sob o efeito do álcool são os grandes causadores destas tristes estatísticas.
As pessoas falam das armas e esquecem-se que o carro mata mais que uma “arma de fogo” ou uma “arma branca”. As pessoas perderam a consciência, só fazem isto ou aquilo com medo das “coimas” não pelo respeito pelos outros.
Existem três coisas que me fazem muita confusão e elas são:
1ª A passagem fora da passadeira, todos os dias vemos pessoas a passar em qualquer lado, pessoas de todas as idades, com crianças de colo, com crianças pequenas e até com idosos ou pessoas deficientes, até parece que não sabem que é proibido atravessar fora das passadeiras (sempre que exista uma a menos de 150 metros de distância) está no artigo 101.º do Código da Estrada CÓDIGO DA ESTRADA, mas a culpa não é só dos peões é também da policia, pois a 5 alínea deste artigo diz: Quem infringir o disposto nos números anteriores é sancionado com coima de € 6 a € 30. E esta lei é de 1999 e até hoje em Portugal só foram passadas 3 coimas por este crime…
2ª É a utilização das luzes de nevoeiro quando não esta nevoeiro, Porquê conduzir de faróis de nevoeiro quando NÃO está nevoeiro????? Sinceramente acho que os “atrasados” usam as luzes nevoeiro ligadas porque acham que lhes dá um estilo brutal.
Mas mais uma vez, todos os dias passamos por milhares de condutores com essas luzes ligadas, mas a culpa é da policia pois é proibido no artigo 59.º do Código da Estrada CÓDIGO DA ESTRADA e na aliena 3 diz: sancionado com coima de (euro) 60 a (euro) 300.
3ª As pessoas que circulam na faixa do meio, muitas vezes na auto estrada ainda por cima não a 50 Km, quando é mais do que proibido, mais uma vez é obrigatório conduzir na faixa da direita (artigo 14.º. n.º 1 do Código da Estrada). A Condução na faixa do meio, dá multa de 300 euros e a suspensão da utilização da carta durante 6 a 12 meses. Mais uma vez não conheço ninguém a quem estas coimas tenham sido aplicadas… Todos os dias vejo operações auto stop (que acho importantes), todos os dias vezes radares nos sítios mais estranhos (caça as multas), mas as 3 coisas que mais me irritam na condução não vejo fazerem nada contra eles e contudo estão no Código da Estrada, mas como tudo em Portugal, …é proibido! Mas pode-se fazer…, mas é proibido… E se fizermos o que nós acontece? NADA!”
Henrique Tigo