terça-feira, março 21, 2017

Quero Jantar

Quero Jantar - poema de Henrique Tigo

quinta-feira, março 16, 2017

quarta-feira, março 01, 2017

Eduardo Olímpio

Sobre o Escritor Eduardo Olímpio 



Existem escritores que marcam, mas infelizmente vivemos em Portugal, onde os verdadeiros e únicos criadores são esquecidos, é o caso do Eduardo Olímpio que quanto a mim é o maior escritor Alentejano.
A sua obra “António dos Olhos Tristes” é a obra mais bonita, alguma vez escrita sobre o povo alentejano.
Os seus contos e aventuras, não ficam em nada atrás das do Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry, com a diferença que como ele não era alentejano teve o reconhecimento mundial.
Mas não é só nesta obra que encontramos o génio literário de Eduardo Olímpio, pois a sua obra é completa quer em poesia da qual destaco a obra de 1980 “Uma Porta para o Alentejo”, onde até conseguimos sentir o cheiro da terra alentejana e o trabalho do seu povo.
Desde pequeno que sou um devorador das obras de infantis do Eduardo, “O gato Tarzan”,
Ternura, memórias, A Senhora Dona Casa e o Senhor Automóvel, O comboio do Estoril, também em poesia. Sinceramente não consigo dizer qual a melhor.
E fico até sem palavras para falar sobre as suas obras de ficção “Um girassol chamado Beatriz”; E a “A menina da carreira de Manique” e ainda “Éramos oito na Pensão Celeste”, qualquer uma destas obras mereciam o Prémio Fernando Pessoa e a sua obra não fica por aqui. Todas as letras para músicas que escreveu para o Paco Bandeira, Carlos Alberto Moniz ou ainda o famoso “Caís do Sodré” cantado pelo Fadista Rodrigo.
Todas estas décadas dedicadas a literatura, com aquela humildade que lhe é característica, estamos a falar de um vulto importantíssimo da literatura, que é das pessoas mais simples que conheço.
Tive a sorte de conhecer o Eduardo, ainda na barriga da minha mãe, o meu pai seu amigo e conterrâneo é autor de muitas capas dos seus livros e desde pequeno que leio e estudo a sua obra.
Tenho o azar ou a sorte de ser disléxico, e por isso tenho de ler e escrever muito e logo das primeiras obras que comecei a ler quando me foi descoberto, foi o António dos Olhos Tristes, obra que ainda hoje tenho na minha mesa-de-cabeceira.
Uma curiosidade, quando tinha 10 anos, em Santiago do Cacém, foi o Eduardo Olímpio que me ensinou a fazer o nó de gravata, até hoje cada vez que faço o nó lembro-me sempre da paciência de um grande homem e brilhante artista a ensinar um “puto” a fazer o seu primeiro nó de gravata, isto releva o ser humano lindo que é este homem.
Acredito que Portugal deve muito, ao escritor, ao poeta e ao ser humano e espero que eu e ele vejamos ser reconhecido o seu valor, pois como disse antes, ele é Saint-Exupéry Portugueses.
Enfim obrigado Eduardo por tudo o que nos tens dado.